O Corvo





"Construção tão perfeita que se chega a supor se é verdadeira"

  Edgar Allan Poe passa por uma crise em sua vida: tem poemas rejeitados e problemas com dinheiro, bebidas e ópio. Ele não consegue repetir o sucesso do passado e criar mais de suas histórias sangrentas que tanto surpreenderam. Contudo, se o aspecto profissional está em baixa, os assuntos do coração se encaminham bem. Poe é apaixonado por Emily, e a pede em casamento logo que retorna a Baltimore. Mas há um porém: o pai da moça não gosta dele.

  Eles combinam de fazer o anunciamento do matrimônio em um baile dado pelo pai de Emily. Mas ele nunca chega a ser consumado. Uma série de assassinatos trará uma reviravolta na vida do escritor.
  Surgem cadáveres em que a causa da morte se assemelha aos escritos de Edgar, e por isso, ele é associado intimamente aos crimes. Até que tudo muda, quando ele faz uma previsão baseada em suas obras de um novo ataque do plagiador, e em uma distração de todos arquitetada pelo mesmo, Emily é sequestrada.

  O caso se torna problema pessoal de Poe, e ele estuda a fundo suas obras e as pistas que o misterioso psicopata deixa da localização da desaparecida. Mas esse não é um assassino comum. E então,  Edgar Allan Poe acaba se tornando um personagem dentro de uma coletânea assombrosa de suas obras. Não imaginaria ele que sua imaginação acabaria por matá-lo.

  O filme traz uma construção fictícia da morte de um dos grandes nomes da literatura, que aterroriza até hoje com seus contos sangrentos. Os diálogos são elegante e poeticamente escritos, e o jogo de luzes e cenários é melancólico, trazendo visualmente uma ideia de como o protagonista se sente. 

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 Por Mallú Ferreira.

"Escritora no tempo livre e sonhadora em tempo integral. 18 anos, faculdade de jornalismo, preferência por terror e comédias românticas. 
Mania de assistir um filme e depois pensar em todas as lições de vida que ele traz. Fã de originalidade, acima de tudo".