Resenha de "Como fui esquecer você" (Jennifer Echols)







"Poderia ter sido incrível"


Sinopse:
Existem muitas coisas que Zoey gostaria de esquecer. Que seu pai engravidou a namorada de vinte e quatro anos. Seu medo de que toda a cidade descubra sobre o colapso nervoso de sua mãe. Do belo e sombrio, Doug, o bad boy da escola que a perturba. Sentindo como se sua vida estivesse prestes a se tornar uma completa bagunça, Zoey luta da única forma que sabe, usando sua famosa atenção em detalhes para assegurar seu lugar como a filha perfeita, a aluna perfeita, e a namorada perfeita para o popular jogador de futebol americano, Brandon. Mas, em seguida, Zoey se envolve em um acidente de carro e no dia seguinte há apenas uma coisa da qual ela não consegue se lembrar - a noite do dia anterior. Saíra com Brandon como pretendia? Mas então porque Brandon a estava evitando? E porque Doug, de todas as pessoas, de repente está agindo como se algo de importante tivesse acontecido entre os dois? Zoey apenas lembra de Doug tirá-la do carro, mas ele continua a se referir ao que aconteceu aquele noite como se fosse algo mais. E Zoey está aterrorizada em admitir o quanto não pode se lembrar. A controlada e meticulosa Zoey está rapidamente perdendo o controle de todos os detalhes importantes de sua vida - uma vida que parece estranhamente vazia de Brandon e estranhamente preenchida por Doug.(SKOOB)
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 (Pode conter alguns Spoilers... Foram de revolta!)


Esse livro entrou para a minha lista de comprar por puro acaso. Precisava de mais um livro para não pagar uma fortuna de frete; e foi quando, passeando pelos meus blogs amados, eu li uma resenha muito fofa de “Como fui esquecer você”. Ele chegou, mais fino do que eu esperava, com uma capa que não me agradava muito, mas com uma sinopse incrível!





Tudo bem, o livro é um romance bem “teen”, não existe essa mágica espetacular que a gente espera encontrar nos livros. Uma adolescente, com problemas familiares, e com problemas psicológicos... Ela só pode ser problemas mentais. Sério!




 Tinha horas que tinha vontade de bater na cabeça dela, e na do pai dela, e na cabeça de Doug... Esse livro foi especialista em me dar acessos de raiva conjunta.

Não estou dizendo que o livro é ruim, nem que no mundo não existam pessoas como essas personagens. O problema é que pegaram vários personagens com atitudes sem sentido e jogaram na mesma história. E pior... Nenhuma dessas atitudes foram racionalmente explicadas.

Depois da separação dos pais, Zoey ficou sozinha com a mãe tendo que se mudar para um apartamento porque seu pai ficaria na casa deles com a nova namorada. Já começa por ai. Como é que você trai sua esposa, e a coloca, junto com sua filha adolescente, para fora de casa? Gente... Cadê a humanidade desse pai? Sem contar que ele parece não ligar para a filha, e tudo o que importa no mundo é a tal nova namorada.

A mãe dela meio que enlouquece depois da separação e acaba tendo que passar uns tempos em uma casa de repouso. E onde a Zoey vai ter que morar? Em sua antiga casa, com o pai, no quarto de hóspede, porque sua madrasta desocupou o seu quarto para o novo bebe que virá.

Então temos uma adolescente perturbada por uma separação, por uma mãe que não esta bem, e por um pai que não liga para o fato dela poder estar com problemas também.

Zoey acaba atropelando as coisas, e se envolvendo com um amigo que costuma ter uma péssima reputação com as meninas da escola, Brandon. E ainda tem Doug, um colega da natação que ela acredita que a odeia.

Acontece que Zoey sofre um acidente de carro e acorda ao lado de Doug no meio da estrada. Ele com a perna quebrada e ela sem lembrar de nada o que acontecera nas últimas doze horas. Eis que o enredo começa a ficar uma tempestade em um copo d'água.

Não posso dizer muito mais do que disse, já acho que escrevi mais do que devia. Mas é que fiquei revoltada com o extremismo das atitudes de todos eles. Parece que a todo o momento ou se quer colocar o dedo na cara de alguém, ou criar uma redoma ao redor desse alguém. Não existe meio termo nesse livro.

Zoey fica numa dúvida infinita porque sente atração pelo cara que odeia ela, e diz ser namorada de Brandon, um cara que nunca a pediu em namoro, e pior, que nem a liga (Essa parte do livro enche a paciência do Cristão). Como alguém pode deixar de fazer alguma coisa por respeito a alguém que nunca deu a entender que a queria? Tudo bem, a menina esta com problemas sérios com a família, e nós sabemos como adolescentes podem achar que estão no fim do mundo por qualquer coisa. Inclusive transformar coisas que não fazem sentido em verdades críveis.
Acho que o problema é que estou velha demais para isso.

Poxa! O cara está lá, super disponível, mega atencioso com ela e...
Fico louca da vida com personagens assim.

O livro tem momentos muito bons. Uma cena específica de um torneio em que Zoey participa, me deixou muito feliz. Eu quase senti as mesmas coisas que ela sentiu, e quase gritei comigo mesma. Comi as unhas durante toda a passagem de cena. Ficou muito legal!

A relação dela com Doug, apesar de confusa, é bonita. Os dois juntos são bem parceiros, quando não estão pirando por algo que é desconhecido do leitor. Lógico!

A autora construiu um enredo bacana. Só acho que realmente ele não me tocou da forma como deveria. Não estou decepcionada com o livro, li ele em algumas horas corridas. Mas esperava mais de uma sinopse tão boa.

Se você gosta de livros com romances adolescentes, e do fato desses adolescentes serem bem confusos, leia “Como fui esquecer você”.



Quote:

- Seus tempos nos últimos dia têm sido incríveis.
Ergueu os olhos para olhar-me de lado.
- Dmônios perseguindo-a?
- Talvez.
 [página 198]